quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Bom dia, Dignidade


Bom dia, Dignidade.

Em homenagem ao André, Trabalhador no judiciário federal no DF (mesmo nome do meu filho e de meu pai) que foi espancado covardemente defendendo nossa Categoria.

Eu tenho filhos, quero ter futuro, quero ter vida (que o André não sabemos se terá depois do traumatismo craniano e do pulso esmagado).

Me roubem, me espanquem, me maltratem, me torturem, me deixem na sarjeta, me deixem sem nada.

Mas não levem minha Dignidade.

Ela não tem preço.

Como anda a sua Dignidade?

Já se olhou no espelho hoje?

Consegue sentir orgulho de você? Da sua luta?

O que você tem feito pelo seu futuro?

Só tem um jeito de você não perder sua Dignidade: entrar na Greve neste minuto, abandonar sua cadeira e seu monitor, ir para Brasília de ônibus, de jegue, de bicicleta no dia 18.

Bom dia, Dignidade!

Eu hoje olhei no espelho e há 52 anos te vejo linda e sorridente, Dignidade.

Dignidade, eu ainda tenho você do meu lado.

Que bom!

Agora é com você: corre e dá uma olhadinha rápida no espelho e verifica se você não está só e desacompanhado.

Sempre é tempo, sempre é possível, enquanto ainda se respira.

Bom dia, Dignidade. Minha linda!

13 de agosto de 2015

Pedro Aparecido de Souza

www.pedroaparecido.com.br




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